São Tomás dizia que o homem é bom, não se ele tem uma inteligência boa, mas uma vontade boa. É na vontade que o homem toma suas decisões, onde ele se decide pelo bem ou pelo mal.
O homem, mesmo conhecendo o bem, pode escolher pelo mal, porque sua vontade é má ou escrava dele.
No último post falei sobre os dois grandes adversários da vontade, a vaidade e a sensualidade, aquela ligada a inteligência e essa ligada aos prazeres carnais.
Comecemos pelo primeiro, a vaidade.
Um dos principais desafios do homem é vencer seu orgulho, o anseio em ser o melhor, o mais forte, o mais inteligente, mais, mais, mais… Este é um anseio profundo do ser humano. Ser como Deus, ser feliz.
Este desejo desordenado leva o homem a buscar essa excelência onde ela não está.
Muitas vezes, preferimos parecer ser do que ser de verdade, fingimos, brigamos, e enganamos a nós mesmo para nós sentirmos por cima.
Queremos ter razão em tudo, dar opinião em tudo, decidir sobre os mínimos detalhes. Fadigamo nos por bagatelas para poder se sentir valorizado.
O problema que para isso, sacrificamos os nossos relacionamentos com amigos e familiares, sacrificamos até mesmo a nossa inteligência, tudo que falamos e pensamos, fazemos para justificar as nossas escolhas, os caprichos da nossa vontade que insiste em ser feliz custe o que custar.
Começamos a pensar como se vive.
O segundo adversário da vontade é o prazer carnal. A vontade sempre ficará entre aquilo que aconselha a razão e o que sugere o prazer imediato. Será preciso fazer uma escolha.
Hoje em dia a maioria das pessoas se entregam imediatamente aos pequenos prazerzinhos imediatos, infelizmente, agem como cachorrinhos que abanam o rabinho pelo primeiro petisco oferecido por quem quer que seja: a curtida no Instagram, o sexo fácil, mais uma droga, mais uma compra de roupa, ou qualquer outra coisa que de um pouco de dopamina.
Normalmente funciona assim, quanto mais prazer a curto prazo, mais sofrimento a longo prazo e vice versa, quanto mais pequenos sofrimentos a curto prazo, mais prazer e alegria a longo prazo.
Ter a capacidade de unir o verdadeiro com o prazeroso.
São os pequenos sacrifícios constroem uma vida feliz.
Leia a terceira parte do artigo: coração x razão.
Coração x razão – a grande batalha – parte 3
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